O Que é PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos

Saiba o que é PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), substituto do antigo PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais).

Entender o que é PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos) é fundamental para a segurança.

No campo da segurança do trabalho, a proteção da saúde e segurança dos trabalhadores é uma preocupação essencial.

Para garantir um ambiente de trabalho seguro, é necessário implementar medidas eficazes de gerenciamento de riscos.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) tem sido amplamente utilizado como uma ferramenta de gestão nesse sentido.

No entanto, recentemente, o PPRA foi substituído pelo Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), oferecendo uma abordagem mais abrangente e atualizada para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Trabalhador mostrando o que é PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos

O que é o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)?

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) é uma evolução do antigo PPRA e tem como objetivo identificar, analisar, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Ele busca abordar os riscos de forma integrada, considerando não apenas os fatores ambientais, mas também as condições ergonômicas, a organização do trabalho, os aspectos de saúde ocupacional e a psicossociologia aplicada.

O PGR é baseado em uma abordagem proativa de gestão de riscos, onde a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais é priorizada.

O programa não se limita apenas à identificação dos riscos, mas também visa implementar ações efetivas para controlar e minimizar esses riscos, promovendo um ambiente de trabalho seguro e saudável.

A Norma Regulamentadora 1 é a NR responsável pelo PGR.

Principais diferenças entre o PPRA e o PGR

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) foi amplamente utilizado como uma ferramenta de gestão de riscos no campo da segurança do trabalho.

No entanto, com a evolução das práticas e o surgimento de abordagens mais abrangentes, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) substituiu o PPRA, trazendo consigo diferenças significativas.

Veja agora as principais diferenças entre esses dois programas e como o PGR promove uma abordagem mais atualizada para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

1 – Escopo abrangente

O PPRA tinha foco principalmente nos riscos ambientais, ou seja, aqueles relacionados ao ambiente físico de trabalho, como ruído, calor, agentes químicos, entre outros.

Por outro lado, o PGR amplia seu escopo e considera uma variedade de fatores de risco, incluindo riscos ergonômicos, organizacionais, de saúde ocupacional e psicossociais.

Essa abordagem mais abrangente reconhece que os acidentes e doenças ocupacionais são influenciados por diversos fatores, e não apenas pelas condições ambientais.

2 – Avaliação de riscos mais detalhada

Enquanto o PPRA geralmente se baseava em uma avaliação qualitativa dos riscos, o PGR busca uma análise mais detalhada e abrangente.

Ele emprega ferramentas de análise tanto qualitativas quanto quantitativas para identificar a probabilidade e a gravidade dos riscos, bem como suas possíveis consequências.

Essa avaliação mais criteriosa permite uma compreensão mais precisa dos riscos envolvidos e auxilia na priorização das medidas de controle mais eficazes.

3 – Abordagem hierarquizada de controle de riscos

Uma das principais diferenças entre o PPRA e o PGR é a abordagem de controle de riscos adotada.

Enquanto o PPRA muitas vezes enfatizava as ações corretivas, o PGR prioriza a prevenção e adota uma abordagem hierarquizada de controle de riscos, conhecida como a hierarquia de controles.

Isso significa que as medidas de controle são implementadas em uma ordem específica, começando pela eliminação ou redução do risco na fonte, seguida por medidas de proteção coletiva, proteção individual e, por fim, medidas administrativas.

Essa abordagem visa eliminar ou minimizar os riscos antes de recorrer a medidas de proteção pessoal, proporcionando uma proteção mais efetiva aos trabalhadores.

4 – Participação ativa dos trabalhadores

O PGR incentiva a participação ativa dos trabalhadores e das partes interessadas no processo de gestão de riscos.

Ele reconhece que os trabalhadores estão em uma posição única para identificar riscos e contribuir com soluções práticas.

Portanto, o PGR promove a consulta e a participação dos trabalhadores, incentivando o diálogo aberto, o compartilhamento de informações e a colaboração para o desenvolvimento e implementação das medidas de controle.

Essa abordagem participativa aumenta a conscientização dos trabalhadores sobre os riscos envolvidos em suas atividades, bem como fortalece o compromisso coletivo em garantir um ambiente de trabalho seguro.

5 – Enfoque na gestão contínua de riscos

Enquanto o PPRA muitas vezes era visto como um programa estático, o PGR adota uma abordagem de gestão contínua de riscos.

Isso significa que o PGR requer uma revisão regular e atualização das medidas de controle de acordo com as mudanças nas condições de trabalho, tecnologias, legislação e outras variáveis relevantes.

O PGR incentiva a monitorização constante dos riscos, permitindo uma resposta rápida e eficiente às novas situações e necessidades que possam surgir.

Leia Também: Diferença Entre PCMSO e PGR

PGR para a segurança do trabalho

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) substituiu o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) como uma abordagem mais atualizada e abrangente para a segurança do trabalho.

As principais diferenças entre esses programas envolvem um escopo mais amplo, uma avaliação de riscos mais detalhada, uma abordagem hierarquizada de controle de riscos, a participação ativa dos trabalhadores e uma ênfase na gestão contínua de riscos.

O PGR reconhece que a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais exige uma abordagem integrada e pró-ativa, considerando diversos fatores e promovendo um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os colaboradores.

Sobre o Autor

Rafael Lobo

Fundador e sócio-diretor na Conceito Zen, Bombeiro Civil com aperfeiçoamento em Segurança do Trabalho, Técnico em Massoterapia e vencedor do Prêmio Reconhecimento Senac, atua desde 2008 com palestras e atividades voltadas para SIPAT e Qualidade de Vida no Trabalho.

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